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Saúde mental impõe limites

Johnson Chao*

A edição de 2020 dos Jogos Olímpicos de Tóquio chegou ao fim. Este evento desportivo, organizado sob ameaça da pandemia, contou com a participação de atletas de todo o mundo e foram obtidos 20 novos recordes mundiais. Entre estes, cinco foram estabelecidos por atletas chineses, na natação, ciclismo, tiro e levantamento de peso.  

Receber uma medalha de ouro é o objetivo de muitos atletas, mas no final apenas um sai vencedor. Enquanto aplaudimos aqueles que levam para casa o ouro, não nos devemos esquecer dos restantes. É claro que é crucial treinar arduamente para participar numa competição como esta e obter bons resultados, contudo, é também essencial saber encarar a derrota e preservar a qualidade da nossa saúde mental.  

Durante esta edição dos jogos, a ginasta norte-americana, Simone Biles, decidiu abandonar a competição por razões psicológicas, afirmando que a ginástica não lhe estava a trazer a mesma felicidade de outrora, e sentia que estava apenas a competir pelos outros. A sociedade americana tem demonstrado o seu apoio por esta decisão, assim como os seus patrocinadores, elogiando a forma aberta como falou dos seus problemas.   

Siobhan Bernadette Haughey, que venceu duas medalhas pela equipa de Hong Kong na natação, disse depois do evento que “os jogos são 80% mentalidade e apenas 20% capacidade física e treino”. Pierre de Coubertin, fundador dos atuais Jogos Olímpicos, partilhou em tempos: “O mais importante nos Jogos Olímpicos não é ganhar, mas sim participar. O que importa na vida não é a vitória, mas a luta até lá. Mais do que vencer, é importante a forma como lutamos.” 

*Editor da edição chinesa do PLATAFORMA

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