Fenómeno La Niña pode piorar situação difícil pós-cheias em Timor-Leste

por Fernanda Mira
ONU News

A resposta às inundações em Timor-Leste precisa de mais apoio, segundo o coordenador residente da ONU no país. A nação asiática tenta se reerguer da temporada considerada recorde de enchentes que afetaram mais de 30 mil famílias. 

Em declarações à ONU News, de Díli, Roy Truvedy destacou a preocupação da comunidade humanitária com recentes previsões meteorológicas apontando mais um ano do fenômeno climático La Niña no país lusófono. 

Emergência  

A situação faz prever um tempo mais úmido e menos estável na atual temporada de inverno. Em 2021, as autoridades confirmaram 34 mortes devido às inundações e declararam emergência até o fim deste mês de julho. 

Na capital Díli, vigora o estado de calamidade até 4 de agosto, ao mesmo tempo em que se observa o confinamento domiciliário. Seis centros de acolhimento foram criados após o desastre e albergam mais de 700 pessoas. 

A comunidade internacional já contribuiu com 60% dos US$ 32 milhões necessários para o Plano de Resposta a Inundações. O valor foi pedido pelo governo timorense, com o apoio da ONU e de parceiros humanitários. 

A meta do apelo conjunto é “reunir apoio adicional para lidar com a situação humanitária”. De acordo com o pedido das autoridades, falta auxílio para 4.132 famílias que não tiveram qualquer tipo de assistência. 

Desafios  

Mais de 26.186 famílias afetadas receberam apoio de emergência em todo o país. Entre as necessidades mais urgentes estão o acesso à água e aos alimentos nos centros de abrigo. 

Faltam ainda locais de acolhimento temporário para 140 famílias que tiveram suas casas parcial ou totalmente danificadas. Moradores dos centros precisarão de assistência para retornar às comunidades e reconstruir suas casas.  

A lista de necessidades inclui lonas para proteger famílias que atualmente vivem nesses locais, materiais de limpeza e construção para melhorar as habitações. 

Precipitação na China

Este ano, chuvas fortes causaram perdas no leste, sudeste e sul da Ásia. Os mais recentes danos humanos, econômicos e episódios de deslocamento generalizado foram registrados após uma forte precipitação na China. 

Agências de notícias informaram que pelo menos 25 pessoas morreram em Zhengzhou, capital da província de Henan, como resultado de chuvas torrenciais que começaram no domingo.  

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