Comunidade vê nomes como Gaules romperem com presidente, que tenta agradar com redução de impostos.
“Se fizer campanha, vai tomar ban.” Um dos maiores streamers de games do mundo, o brasileiro Alexandre Borba, o Gaules, deu esse ultimato numa live no fim do mês passado. Quem falasse bem de Jair Bolsonaro estava expulso da transmissão.
A mensagem era destinada à sua legião de fãs, a quem chama de tribo. “Agora, pedir para que uma pessoa que não tem a mínima empatia não esteja à frente de uma nação… Cara, eu acho que é isso que a gente busca todos dias.” Era um Gaules bem diferente do de 2018, quando o streamer declarou apoio ao então deputado do baixo clero.
Jair Bolsonaro, aliás, não tem mais abraçado gamers como costumava fazer no início do mandato. Não porque está internado e nem por causa de medidas de distanciamento social —afinal sempre foram abraços virtuais, via Twitter.
Hoje, o presidente está vendo uma crescente míngua de apoiadores dentro da comunidade gamer, sobretudo entre seus influenciadores.
Há dois anos, o cenário era outro. “Boa tarde, querido presidente, mande um abraço para os gamers do Brasil”, pediu um tuiteiro, em 2019. Três minutos depois, o desejo foi atendido —“gamers do Brasil, um forte abraço!”, postou a conta oficial de Jair Bolsonaro, seguido de um joinha.
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