Início Mundo Distúrbios na África do Sul já fizeram pelo menos 36 mortos e mais de 700 detenções

Distúrbios na África do Sul já fizeram pelo menos 36 mortos e mais de 700 detenções

Pelo menos 36 pessoas morreram e 757 foram detidas nos distúrbios violentos que continuam pelo sexto dia consecutivo na África do Sul, depois da prisão do antigo chefe de Estado e ex-líder do Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês), Jacob Zuma.

O governador da província do KwaZulu-Natal, Sihle Zikala, disse hoje que as autoridades locais contabilizaram até ao momento 26 mortos em resultado da violência e pilhagens naquela região do litoral do país, vizinha de Moçambique.

Zikalala, que é político do ANC, adiantou que 187 pessoas foram detidas na província.

Na cidade portuária de Durban, onde grupos de residentes se armaram com armas de fogo para proteger comunidades, casas e negócios, a situação é descrita como sendo “caótica” havendo relatos de saques a grandes armazéns de distribuição em Rivehorse Valley nas últimas vinte e quatro horas apesar da presença da tropa sul-africana, destacada na segunda-feira.

O Governo destacou 2.500 soldados para apoiar a polícia a conter os distúrbios no KwaZulu-Natal e em Gauteng, motor da economia do país.

Em Gauteng, o número de vítimas mortais aumentou para pelo menos 10 nas últimas 24 horas, segundo a Polícia sul-africana.

Pelo menos 757 foram detidas pela Polícia, sendo que 304 pessoas no KwaZulu-Natal e 453 pessoas em Gauteng, segundo as autoridades sul-africanas.

Desde sábado que a província de Gauteng está a ser também fustigada por bloqueios de estradas, saques a vários centros comerciais, vandalismo e incêndio de viaturas privadas e camiões de transporte de mercadorias, que continuam na manhã de hoje, relatou a imprensa local.

“Esta manhã, a situação parece calma aqui na minha área de Edenvale também devido à falta de transportes, mas houve tiroteio toda a noite em Alexandra que se ouvia em Linksfield”, relatou à Lusa um residente português que solicitou o anonimato.

Pelo menos seis grandes superfícies e uma loja de venda de álcool de empresários portugueses foram saqueadas por completo em várias áreas de Joanesburgo, disse um comerciante português à Lusa.

O Presidente Cyril Ramaphosa, que é também presidente do ANC, o partido no poder na África do Sul desde 1994, disse numa comunicação ao país, na noite de segunda-feira, que “ações serão tomadas contra aqueles que saqueiam e continuam com violência e intimidação.

“Embora possam ser atos oportunistas de pilhagem causados por privações e pobreza, os pobres e marginalizados suportam o impacto final da destruição”, considerou o chefe de Estado sul-africano.

Na Cidade do Cabo, onde os centros comerciais foram encerrados devido aos distúrbios no KwaZulu-Natal e Gauteng, três pessoas foram assassinadas na manhã de hoje e outras seis ficaram feridas em confrontos armados entre motoristas de táxi, divulgou a Polícia em comunicado citado pela imprensa.

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