A variante indiana já é a predominante em Lisboa e Vale do Tejo, o número de casos está a aumentar de dia para dia e o dos internamentos também. O epidemiologista Manuel Carmo Gomes diz não acreditar ser possível travar a situação “sem um confinamento mais rígido. Espero estar enganado, mas tenho algum ceticismo em que seja possível só com cercas à circulação aos fins de semana”.
O país voltou aos dias em que o número de novos casos de covid-19 ultrapassa o milhar. Ontem, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS), registaram-se 1233 casos e duas mortes. Do total de casos, 804 ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), onde os internamentos estão a aumentar desde há duas semanas, representando já 60% do total do país. Segundo a DGS, ontem também havia 364 pessoas internadas, mais 15 do que no dia anterior, dos quais 88 em cuidados intensivos, mais cinco do que nas últimas 24 horas.
A questão, sublinhou ao DN Manuel Carmo Gomes, o epidemiologista que coordena a equipa da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa que faz a modelação da doença desde o início da pandemia, “é que a variante indiana já é a prevalente nesta região, com uma área muito grande, e é muito mais contagiosa do que a anterior, a do Reino Unido, e estamos a correr o risco de voltar a ter milhares de casos por dia”.
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