Impulsionado pelas mudanças climáticas, rio Negro registra cheia histórica em Manaus

por Guilherme Rego
Fabiano Maisonnave

Cidade registou nesta terça (1º) a maior cota em 119 anos de medição.

Principal cidade da Amazônia, Manaus registrou nesta terça-feira (1º) a maior cheia desde o início das medições no rio Negro, há 119 anos. Por causa das mudanças climáticas, seis das dez maiores cheias nesse período ocorreram no século 21.

A capital amazonense já sofre com inundações há um mês. A cota de inundação severa (29 metros) foi ultrapassada no dia 30 de abril. A previsão é de que a situação se estabilize e que as águas comecem a baixar em breve, um processo longo que deve levar algumas semanas. As medições e os alertas de cheia são de responsabilidade do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM).

No centro, algumas ruas da região do porto estão interditadas. A prefeitura montou passarelas sobre as calçadas e vias alagadas e transferiu a tradicional feira de peixes para uma balsa. Já os comerciantes improvisaram barreiras com sacos de areia e vêm jogando cal na água parada para tentar neutralizar o cheiro insuportável de fezes.
Nos igarapés, o represamento das águas pelo rio Negro provoca um acúmulo de lixo, que em alguns trechos chega a cobrir toda a superfície. Os moradores mais próximos dependem de pinguelas estreitas para transitar e, dentro das casas, lançam mão de plataformas de madeira (marombas) para suspender móveis e eletrodomésticos em meio ao fedor.

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