Augusto Santos Silva condena a detenção do jornalista e ativista bielorrusso Roman Protasevich.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português defende que o desvio do voo da Ryanair é “um ato absolutamente desesperado” da Bielorrússia, no “limite do que é imaginável”, e as justificações de Minsk são “tão implausíveis que são até ridículas”.
Em entrevista à Lusa, Augusto Santos Silva afasta um possível envolvimento da Rússia, aliada do regime de Alexander Lukashenko: “Não acho que seja do interesse da Rússia patrocinar ou pactuar com este, diria, desespero da Bielorrússia”.
“Vamos ver. Temos de falar com eles”, acrescenta, referindo-se aos responsáveis políticos russos.
O ministro referia-se ao incidente ocorrido no domingo, em que um voo da companhia de baixo custo irlandesa entre Atenas, na Grécia, e Vílnius, na Lituânia, foi forçado a fazer um desvio para Minsk, na Bielorrússia, que culminou com a detenção do jornalista e ativista bielorrusso Roman Protasevich e da companheira.
“Eu entendo este ato praticado pelas autoridades bielorrussas no domingo passado como um ato absolutamente desesperado. É chegar ao limite do que é imaginável, mandar um caça intercetar um voo da Ryanair porque se quer apanhar um jornalista”, afirma Santos Silva.
O ministro prossegue considerando que o vídeo divulgado na terça-feira pela televisão pública bielorrussa – em que Roman Protasevich afirma estar a colaborar com as autoridades e faz uma ‘confissão’ – “não merece nenhuma credibilidade”, sobretudo “nas condições em que a pessoa foi detida e permanece detida”.
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