Início Brasil Morre Paulo Mendes da Rocha, o último gigante da arquitetura brasileira

Morre Paulo Mendes da Rocha, o último gigante da arquitetura brasileira

Francesca Angiolillo

Arquiteto de 92 anos estava em atividade desde 1955 e recebeu o Pritzker, maior prêmio da arquitetura, em 2006.

Paulo Mendes da Rocha, que foi o mais brasileiro dos arquitetos internacionais, morreu na madrugada deste domingo, aos 92 anos. Ele tinha um câncer de pulmão e estava internado em São Paulo. A morte foi confirmada por seu filho, Pedro Mendes da Rocha.

Em atividade desde 1955, foi realmente descoberto pelo mundo quatro décadas mais tarde, quando as imagens da Pinacoteca do Estado e do MuBE, o Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia, circularam em revistas estrangeiras.

Desde então, o conjunto robusto que já construíra e as obras que viria a fazer passaram a atrair a atenção da crítica. Os prêmios e reconhecimentos se sucederam; estudos começariam a surgir na Europa nos anos 2000.

Até aquele momento, em 1995, quando já contava 67 anos, Paulo Mendes —assim, pela forma abreviada, ou simplesmente como Paulo se referem a ele os arquitetos– não tinha obras construídas no exterior. Tivera, é verdade, o pavilhão brasileiro na Exposição Universal de Osaka em 1970. Mas, demolido ao fim do evento, o edifício ficou na memória dos estudiosos somente.

O caráter geograficamente restrito de sua obra não impediu que ele recebesse todos os principais prêmios arquitetônicos do mundo. Em dois anos seguidos, recebeu o Mies van der Rohe, dado pela fundação espanhola homônima a projetos latino-americanos. O prêmio, batizado em homenagem ao arquiteto alemão que é o papa do racionalismo, reconheceu, em 1999, o projeto do MuBE e, em 2000, o da Pinacoteca do Estado de São Paulo.

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