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Mais 18 mil portugueses no rendimento mínimo num ano de pandemia

Paulo Ribeiro Pinto

No final de abril, havia mais 18 mil pessoas do que em março do ano passado, o mês do início da crise sanitária em Portugal, quando país entrou no primeiro confinamento geral.

De março do ano passado para abril deste ano, mais 17 963 pessoas passaram a receber o rendimento social de inserção (RSI), num aumento de 9%, mostram os dados da Segurança Social divulgados na semana passada.

No final do mês de abril, 217 892 pessoas beneficiavam desta prestação, o que, pelos cálculos do Dinheiro Vivo, é um máximo de quase três anos. Desde setembro de 2018 que não havia tantos beneficiários a receberem o RSI. A redução tinha sido sustentada até ao ano passado quando a pandemia obrigou ao confinamento geral do país na segunda metade de março que durou até ao início de maio.

Logo nesse período, e até julho, houve aumentos continuados que corresponderam aos meses de confinamento geral do país, com várias atividades encerradas, como restaurantes, hotéis e comércio, levando à perda de rendimento das famílias e empresas. O maior aumento mensal deu-se de maio para junho do ano passado. Em apenas um mês mais 3832 pessoas passaram a receber esta prestação social, um aumento de 2%. Ao longo dos meses seguintes verificaram-se pequenas oscilações, mas desde dezembro que tem vindo sempre a somar mais beneficiários.

Também o número de famílias abrangidas por esta prestação subiu para valores que já não se registavam desde meados de 2018. Os dados da Segurança Social mostram que no final de abril 102 207 famílias estavam a receber o RSI, um aumento de 8,8% face a março do ano passado, quando estavam abrangidas pouco menos de 94 mil agregados.

Em termos mensais, em abril, o número de beneficiários continuou a aumentar, mas a um ritmo ligeiramente mais lento do que nos primeiros meses do ano. Em abril, registou-se um acréscimo de 1% face a março, correspondendo a mais 2007 beneficiários, que pode estar relacionado com o desconfinamento do país, já na terceira fase de reabertura da economia, antes da quarta e última que arrancou no dia 3 de maio na maior parte dos concelhos do continente.

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