O craque argentino Lionel Messi precisa de uma equipe que jogue bem para conquistar o título almejado da Copa América, pois caso contrário será “muito difícil”, alertou o técnico da seleção ‘albiceleste’, Lionel Scaloni.
O treinador destacou que foi possível formar uma base onde “todos se entendem” e onde “todos jogam bem”, principal qualidade que Scaloni deve ter em uma equipe para que Messi possa se conectar bem com os demais, segundo o jovem treinador.
“Pode ser que (Messi) nos dê uma alegria, mas é a equipe que vai nos dar essa alegria, ele é o mais consciente de que se vence com a equipe, ele precisa dos companheiros e os companheiros precisam dele. Caso contrário, será muito difícil”, afirmou Scaloni.
Em declarações dadas ao canal de esportes ESPN, o técnico argentino disse estar animado por poder reverter anos de frustrações para a seleção albiceleste que em sua história conquistou 14 títulos da Copa América, a última no distante ano de 1993 e depois jogou quatro finais em 2004, 2007, 2015 e 2016 que terminaram em frustração.
“Todos queremos ganhar e o maior desejo é erguer a taça, mas está se tornando muito difícil para nós, há muitos anos que a Argentina tem ido à fase final mas não vence”, admitiu.
“Não estamos aqui para prometer que vamos ganhar, mas vamos fazer todo o possível para chegar ao nível mais alto”, acrescentou.
A competição continental será disputada entre 13 de junho e 10 de julho em princípio entre Argentina e Colômbia, embora esta segunda sede esteja em dúvida devido à crise social e política que o país atravessa.
O presidente da Argentina Alberto Fernández disse estar disposto a que seu país seja o único anfitrião de jogos sem público e com “todos os protocolos” devido à onda de infecções de covid-19. Nesse caso, a final seria disputada em Buenos Aires e não em Bogotá, como programado.
Uma eventual mudança de sede “mudaria nosso último jogo, que seria jogar a final aqui e seria um luxo para nós. São decisões às quais não somos responsáveis por responder, mas espero que possam acontecer na Argentina”, disse Scaloni.
A pandemia obrigará a seleção argentina a ficar em uma bolha durante dois meses, para disputar primeiro as duas eliminatórias sul-americanas, nos dias 3 e 8 de junho, e depois a Copa América.
A Argentina vive um dos piores momentos da pandemia, com mais de 35 mil casos e quase 500 mortes nas 24 horas desta quarta-feira, para um total de 3,4 milhões de infecções e 72.265 mortes, em um país de 45 milhões de habitantes.