O exército israelense anunciou nesta quinta-feira ter realizado bombardeios contra a Síria após o lançamento de um míssil deste país, que caiu no deserto de Neguev (sul), perto de uma instalação nuclear israelense secreta
“Um míssil terra-ar identificado como proveniente da Síria caiu no Neguev. Em represália (…), o exército israelense bombardeou a bateria desde a qual o míssil foi lançado e outras baterias sírias de mísseis terra-ar”, disse o exército israelense em uma breve mensagem.
Segundo a agência oficial síria Sana, o exército israelense lançou mísseis das colinas de Golã “contra posições nas imediações de Damasco”.
“Nossa bateria de defesa antiaérea interceptou mísseis e fez cair a maioria deles nesta agressão que causou ferimentos em quatro soldados e alguns danos materiais”, acrescentou a agência síria, citando uma fonte militar local.
Anteriormente, o exército israelense havia indicado que as sirenes que alertam para ataques potenciais foram ativadas perto da localidade beduína de Abu Qrenat, situada a alguns quilômetros da central de Dimona.
Israel nunca reconheceu que dispõe de um arsenal nuclear, mas especialistas estrangeiros, que se baseiam em particular no testemunho de Mordechai Vanunu, um ex-técnico nuclear israelense, garantem que o Estado hebreu dispõe de 100 a 300 ogivas nucleares.
Desde o início da guerra na Síria, em 2011, o Estado hebreu realizou centenas de bombardeios contra posições do poder sírio e seus aliados, as tropas iranianas e combatentes do Hezbollah libanês.
Israel assegura que tenta evitar que seu principal inimigo, o Irã, consiga se implantar na Síria, país fronteiriço com o Estado hebreu. Apesar de o exército israelense realizou centenas de bombardeios na Síria, em raras ocasiões os reconheceu publicamente.
A maioria dos disparos da Síria foram interceptados pelo escudo antimísseis israelense “Cúpula israelense”.