O Governo de São Tomé e Príncipe assinou com o investidor jordano Shehab Shanti um contrato de concessão para o desenvolvimento da Zona Franca de Malanza (FTZ), a sul de São Tomé e Príncipe, avaliado em 1,3 mil milhões de dólares.
Segundo o diretor da Agência de Promoção do Comércio e do Investimento (APCI), Rafael Branco, três empresas manifestaram interesse em participar na construção da Zona Franca, “mas apenas Shehab Shanti teve a ousadia e a determinação de percorrer o longo caminho”.
O lançamento do projeto está previsto para os próximos 90 dias, mas o período de execução “será prolongado”, disse ele.
O projeto abrangerá uma área de 204 hectares, distribuídos entre as comunidades de Monte Mário e Ribeira Peixe, ambas no sul da ilha de São Tomé e Príncipe.
“Hoje o mundo é muito competitivo em busca de investimento (e) é necessário oferecer estabilidade e uma perspetiva a longo prazo e este projeto tem a virtude de ligar São Tomé e Príncipe ao mundo”, explicou Rafael Branco.
Segundo Shehab Shanti, o projeto visa transformar São Tomé e Príncipe num centro de serviços semelhante às Ilhas Maurícias ou Seychelles.
Assegurando que a respetiva execução criará pelo menos nove mil postos de trabalho, o investidor pretende estabelecer hotéis, um hospital de referência, um centro de formação especializado, uma pista de aterragem e respetiva infraestrutura para pequenos aviões, espaços de lazer e outros equipamentos.
“Estamos no contexto da pandemia, mas temos de assegurar a economia e temos de começar agora a trabalhar no plano de recuperação e resiliência. Este projeto da Zona Franca Malanza é uma luz ao fundo do túnel”, disse o primeiro-ministro santomense, Jorge Bom Jesus. O contrato de concessão tem uma duração de 90 anos e no prazo de 60 dias o investidor deve apresentar um plano de desenvolvimento detalhado, que obedeça às regras de proteção ambiental e higiene, bem como o respetivo estudo de impacto ambiental.