Início » FMI: Redução do défice até final da legislatura é sobretudo à custa da despesa

FMI: Redução do défice até final da legislatura é sobretudo à custa da despesa

Luís Reis Ribeiro

Vítor Gaspar defende mais impostos sobre os mais ricos e as fortunas, ainda que temporários. Mas avisa que governos devem deixar cair empresas “inviáveis”.

A redução prevista do défice público durante os anos que faltam para terminar esta legislatura (até 2023, inclusive) será feita essencialmente pela via da despesa pública, que deve cair dos atuais 48% do produto interno bruto (PIB) para cerca de 45%, prevê o Fundo Monetário Internacional (FMI), no Monitor Orçamental, edição que é da responsabilidade do departamento dirigido pelo ex-ministro das Finanças português, Vítor Gaspar.

Se a despesa terá um contributo muito significativo (dois terços da redução do desequilíbrio orçamental é feito pela forte redução no peso dos gastos), o rácio da receita oferece uma ajuda, mas mais modesta, que rondará um aumento de 1,7 pontos percentuais do PIB. Sobe de 42% para 43,7% do produto, indica o FMI nas previsões do departamento de assuntos orçamentais, ontem divulgadas.

Com este perfil de consolidação orçamental, o FMI indica que Portugal pode vir a ser um campeão do ajustamento orçamental ao nível da zona euro, prevê o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O défice deve cair de cerca de 6% em 2020 (recentemente o INE apurou um défice de 5,7%) para 5% no final deste ano e no próximo parece que o país até já cumpre o Pacto de Estabilidade nesta parte: o défice deve rondar 1,9%, bem abaixo da fasquia máxima dos 3% do PEC.

Leia mais em Dinheiro Vivo

Contate-nos

Meio de comunicação social generalista, com foco na relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China

Plataforma Studio

Newsletter

Subscreva a Newsletter Plataforma para se manter a par de tudo!