Água vai faltar a 250 milhões de pessoas na região do Mediterrâneo

por Gonçalo Lopes

Vice-secretário-geral da União para o Mediterrâneo, Isidro González, relembra que a temperatura nos países da Europa do sul, do norte de África e do Médio Oriente aumentou 20% mais depressa do que a média mundial.

É apenas a margem sul do Mediterrâneo que está ameaçada de seca por causa do aquecimento global ou mesmo a margem norte corre hoje riscos sérios?
Havia uma riqueza de literatura científica que abrangia os três continentes da região do Mediterrâneo mas nenhum dado sobre alterações climáticas ou avaliações de risco detalhadas para a região como um todo. Muito ciente desta necessidade urgente, o Secretariado da União para o Mediterrâneo, a UpM, começou, em 2015, a apoiar e a colaborar estreitamente com a MedECC, uma rede de 600 cientistas dos 35 países da região mediterrânica. Em conjunto com a ONU e o Plan Bleu, publicámos a primeira avaliação das alterações climáticas e ambientais e dos seus impactos na bacia do Mediterrâneo. O estudo realça que a região mediterrânica aqueceu aproximadamente 1,5° C desde a era pré-industrial, 20% mais depressa do que a média global, e sem medidas de mitigação adicionais, a temperatura regional aumentará 2,2° C até 2040, possivelmente ultrapassando mesmo os 3,8° C em algumas sub-regiões até 2100. Para a maioria das grandes cidades da região do Médio Oriente e norte de África (MENA), o mês de verão mais frio no futuro será mais quente do que o mês mais quente atual, resultando em extensos períodos de calor extremo e prejudicial. No entanto, ambas as margens do Mediterrâneo enfrentam problemas: desde erosão costal, escassez de água, inundações, incêndios florestais mais intensos, entre outros, pois as alterações climáticas e os seus efeitos são sentidos em toda a região. É por isso que a União para o Mediterrâneo apela a uma resposta regional concertada para este problema regional crucial.

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