Ho Iat Seng para, escuta e olha

por Filipa Rodrigues
Inês Lei

De acordo com a tradição popular chinesa, no quinto dia do ano recebe-se a visita do Deus da Fortuna. Durante o quinto dia deste novo Ano do Boi (16 de fevereiro), o Chefe do Executivo de Macau, Ho Iat Seng, juntamente com o secretário para Economia e Finanças, Lei Wai Nong, o Diretor dos Serviços de Economia, Tai Kin Ip, e a Diretora dos Serviços de Turismo, Maria Helena de Senna Fernandes, visitaram lojas e casas tradicionais espalhadas pela Rua de Cinco de Outubro, Largo do Senado, Rua de Pedro Nolasco da Silva e Bairro Horta da Mitra

Embora o Governo não tenha informado a imprensa com antecedência sobre a rota de Ho Iat Seng, o Gabinete de Comunicação Social publicou na noite de terça-feira um comunicado a anunciar o itinerário do Chefe do Executivo no dia de Ano Novo Lunar, incluindo algumas visitas a instituições sociais, ao Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas, à Quarta Ponte Marítima Macau-Taipa, a lares de idosos e à Zona A dos Novos Aterros Urbanos.

No ano passado, com a pandemia ainda no início, a frase “já comprámos todas as máscaras de Portugal” colocou o então recém-empossado Chefe do Executivo e ex-empresário no centro das atenções. Macau tornou-se alvo de inveja para muitos. Um ano depois, com a situação epidémica já sob controlo, a economia de Macau continua, no entanto, em baixa.

Ho, acompanhado de membros do Governo e da administração, aproveitou o período do ano novo para visitar, a pé, algumas zonas mais antigas da cidade, conversando e tirando fotografias com os comerciantes locais. Um deles foi Chou, dono de uma loja de antiguidades, que assinalou ter crescido com Ho Iat-seng, descrevendo-o como uma pessoa nostálgica e que o cumprimentou ao longe. “Como natural de Macau, Ho Iat-seng compreende e conhece a cidade melhor do que ninguém”, descreveu Chou, assumindo que o negócio está a regressar ao normal. Apesar do impacto da pandemia, todos os comerciantes enfrentam problemas semelhantes, e cabe ao Governo mostrar alguma solidariedade. Quando questionado sobre qual a avaliação que faz do líder, disse, a sorrir: “Não deixo a pontuação máxima, mas dou 99 pontos!”

Chang, dono de uma casa de chá há 55 anos, aproveitou a visita para informar o Chefe do Executivo sobre o andamento do negócio, disse. Nas palavras do comerciante, o mercado de Macau caiu em um terço com a chegada da pandemia. Todavia, adiantou, o mais importante é que o Governo consiga manter a situação epidémica sob controlo. Enalteceu ainda o que classificou como uma boa promoção, da parte das autoridades, do combate à pandemia online. Chang deu mesmo a nota máxima ao novo líder, dizendo não ter encontrado, para já, quaisquer falhas nas medidas de prevenção epidémica ou nos benefícios sociais atribuídos à população.

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