Marcelino da Mata. “As memórias foram enterradas vivas e nunca foi feito o funeral”

por Guilherme Rego
Valentina Marcelino

O mais temido comando africano do Exército português “nunca vai gerar consensos”, dizem os historiadores. Marcelino da Mata, comando africano do Exército colonial era o mais condecorado oficial português e não teve honras militares.

A história está cheia de vilões sanguinários e de heróis destemidos e Marcelino da Mata pode ser um pouco de ambos, dependendo de quem está a narrar os seus feitos. Este comando negro – a característica racial é aqui relevante para se contar parte da sua história – que combateu pelo Exército português, é quase um desconhecido pela generalidade dos compatriotas, a não ser os que com ele combateram na guerra colonial. Esses, todos lhe reconhecem a bravura, mas há quem não lhe perdoe os “crimes de guerra” que dizem ter cometido, mas pelos quais nunca foi acusado.

MARCELINO DA MATA, EX.COMBATENTE. FOTO: GERARDO SANTOS

O tenente-coronel, que morreu aos 81 anos com covid-19, era o oficial mais condecorado do Exército Português. No seu funeral, esta segunda-feira, não teve honras militares, mas contou com a presença do Chefe Supremo das Forças Armadas e Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas, Almirante Silva Ribeiro e do Chefe de Estado-Maior do Exército, General Nunes da Fonseca.

Em declarações ao DN, o ministro da Defesa Nacional, João Cravinho, ausente da cerimónia, lamentou “o falecimento e expressa o justo reconhecimento ao Tenente-Coronel Marcelino da Mata, um dos militares mais condecorados de sempre, pela dedicação e empenho depositados ao serviço do Exército Português e de Portugal”.

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