O ministro dos Negócios Estrangeiros admitiu esta sexta-feira responsabilidades do Governo no agravamento da pandemia em Portugal, no mês de janeiro, pelo relaxamento de medidas no Natal.
Numa entrevista ao programa Connect the World with Becky Anderson, do canal televisivo CNN Internacional, Augusto Santos Silva disse acreditar que a estirpe do novo coronavírus inicialmente detetada no Reino Unido foi o principal fator por detrás do pico de novos casos de contágio em Portugal, em janeiro.
Contudo, o chefe da diplomacia portuguesa reconheceu que o relaxamento de medidas de combate à pandemia no Natal também pode ter contribuído para a grave situação da crise sanitária em Portugal.
Quando a jornalista perguntou a Santos Silva se o abrandamento nas medidas de contenção no Natal e no Ano Novo estariam por detrás do pico de contágios e de mortes em janeiro, o ministro corrigiu-a e lembrou que a suavização de restrições apenas aconteceu durante o período natalício, “quando as pessoas puderam ir visitar a família”.
Santos Silva atribuiu o agravamento da situação pandémica ao aparecimento em Portugal da nova estirpe inicialmente detetada no Reino Unido, que “representa cerca de metade dos novos casos” no território, mais do que ao relaxamento das medidas.
“Na altura, julgámos que havia condições para facilitar. Mas, na verdade, acreditamos que a nova variante do Reino Unido foi a principal razão”, acrescentou Santos Silva.
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