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“A Sonangol reitera o seu interesse estratégico em estar na Galp”

Presidente da Sonangol quer tornar a petrolífera angolana mais verde e quebrar com a imagem de corrupção. Revela o plano até 2027 onde se inclui a aposta nas energias renováveis e o relançamento da exploração e produção em vários blocos petrolíferos.

O Programa de Reestruturação traçado para a Sonangol cumpriu os objetivos?
Sim. Enquadrada na Reestruturação do Modelo Organizacional do Sector Petrolífero nacional, a reestruturação da Sonangol consistiu na sua transformação focada na competitividade dos seus negócios, na rentabilidade dos seus ativos da cadeia nuclear de valor de petróleo e gás, sempre observando os padrões internacionais de qualidade, saúde, segurança e ambiente. Se, por um lado, ficou consumada a separação formal da função concessionária, por outro transformámos a empresa num grupo organizado por cinco unidades de negócios e uma outra unidade que consolida os negócios não nucleares, enquadrados no âmbito do Programa de Privatizações, de um total de 21 subsidiárias que anteriormente compunham a nossa estrutura. De igual modo, com o objetivo de reduzir a exposição financeira da empresa, contribuir para a redução da influência do setor empresarial público na economia e aceder às receitas complementares para o financiamento contínuo da reestruturação empresarial, demos início à privatização e à alienação de interesses participativos em diversas empresas, num total de 56 ativos, cujo processo está a ser coordenado diretamente pela Sonangol, e que vai prosseguir durante o ano corrente, e em 2022, conforme estratégia e calendário definido pelo Decreto 250/19, de 5 de agosto (PROPRIV). A reestruturação passou igualmente por otimização de processos, alinhados à nova macroestrutura, no sentido de tornar a empresa mais robusta e ágil, principalmente no que diz respeito à tomada de decisão, tendo-se, para o efeito, reduzido substancialmente o quadro de direções corporativas e a composição dos membros executivos nos negócios. De igual modo, asseguramos a atualização do modelo de carreira, desenvolvimento de competências, e foram identificadas iniciativas para otimização, capacitação e rejuvenescimento da força de trabalho, enquanto força motriz para a continuidade dos negócios.

Em que fase está neste momento?
Neste momento estamos na fase da otimização da nossa estrutura e focados na materialização da visão, que é de nos tornarmos uma empresa de referência no setor petrolífero no continente africano, comprometida com a sustentabilidade. Para o efeito, demos os primeiros passos para a entrada no segmento de energias renováveis, contribuindo, desta forma, para a diversificação da matriz energética nacional. A materialização da visão definida para o horizonte 2027 passa, acima de tudo, por: aumento da capacidade de produção operada de petróleo bruto, com uma meta não inferior a 10% da produção nacional, em vez dos atuais 2%, e investimento em diversos blocos petrolíferos no sentido de aumentar os direitos líquidos, estando previstos já para 2021 o relançamento da atividade de exploração e a produção em diversos blocos petrolíferos (isto é blocos 3/05, 3/05A, bloco 5/06, Kon 4, bem como a cooperação, juntamente com a Total, dos blocos 20 e 21, três anos depois do primeiro óleo); otimização e modernização da refinaria de Luanda e assegurar o aumento da capacidade de refinação, com investimento em novas refinarias, no sentido de inverter o quadro de importação de combustíveis; aumentar a capacidade de distribuição de LPG [gás de petróleo liquefeito], monetização do LNG [gás natural liquefeito] e investir em projetos de energias renováveis; consolidação da nossa posição como player de referência no segmento de shipping na região bem como de trading de petróleo bruto e produtos refinados no mercado internacional, alavancando, assim, fontes adicionais de arrecadação de receitas em divisas; aumento e rentabilização da capacidade de armazenagem em terra, em substituição da armazenagem flutuante, otimização da rede de retalho, no sentido de consolidar a posição de maior distribuidor de hidrocarbonetos líquidos no mercado nacional, num ambiente que se perspetiva cada vez mais liberalizado, bem como relançar a atividade de distribuição e comercialização em outros países da região, dos quais já se encontra em curso o processo de reentrada na República Democrática do Congo.

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