Há dez anos radicada em Londres, soprano Gabriella Di Laccio criou uma plataforma para promover a difusão de mulheres na música
Quando o mundo comemorava os 450 anos do nascimento de William Shakespeare, em 2014, a soprano brasileira Gabriella Di Laccio vivia em Londres há mais de uma década e pesquisava músicas compostas a partir de textos do escritor inglês.
Entre o material levantado, estavam dez ciclos de canções escritas por mulheres —nenhum dos quais a própria soprano, acostumada a explorar o repertório, conhecia. A pulga já estava atrás da orelha quando, num sebo, ela se deparou com uma enciclopédia que listava nada menos do que 6.000 nomes de mulheres compositoras, do período medieval ao contemporâneo.
Há um consenso na música clássica de que o tempo faz a seleção natural do repertório —o que se produziu e não sobreviveu provavelmente não teria qualidade e interesse. Mas esse não era o caso.
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