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Paisagens inigualáveis

David ChanDavid Chan*

No dia 7 de janeiro (6 de janeiro na hora americana), os EUA ofereceram- nos uma paisagem magnífica quando apoiantes do presidente Donald Trump entraram em conflito com a polícia enquanto protestavam em frente ao Capitólio.

Alguns decidiram abandonar os protestos e invadir o parlamento, criaram o caos e interromperam uma sessão durante a qual ambas as câmaras do congresso estavam a analisar e a aprovar os votos do colégio eleitoral, levando a que o vice-presidente Mike Pence e outros membros do parlamento tivessem de ser evacuados do edifício. Estes manifestantes e invasores do Capitólio foram descritos como “americanos felizes”.

Porém, Nancy Pelosi não aprovou o movimento, apelidando-o de ataque vergonhoso à democracia e acusando os manifestantes de profanar o templo da democracia americana. As acusações vieram em ondas, visto que cinco pessoas morreram como consequência dos confrontos entre a polícia e os protestantes

A primeira morte foi de uma apoiante de Trump, militar reformada, que veio a Washington depois de ouvir o apelo do presidente e foi baleada enquanto invadia o Capitólio. Três das restantes quatro vítimas eram também apoiantes do presidente. A exceção foi um membro da força policial que foi atacado durante os confrontos.

Depois de a polícia perder o controlo da situação e haver registo de mortos, Donald Trump veio ao Twitter apelar a que aos seguidores para evacuarem o edifício e regressassem a casa, quando nessa mesma manhã tinha repetidamente incentivado a que se dirigissem à Casa Branca e caminhassem em protesto até ao Capitólio. Com este apelo final de regresso a casa, Trump afirmou tratar-se de uma situação de emergência, sentindo que já seria acusado de culpado pelo incidente ao abandonar os apoiantes.

Mais tarde, com a publicação de notícias sobre a possível destituição, o presidente acusou-os até de serem criminosos, afirmando que devem ser acusados formalmente pela justiça, e finalmente admitiu a derrota, declarando uma transferência de poder pacífica a 20 de janeiro. Tudo isto numa tentativa desesperada de evitar a destituição.

Mas restando cinco dias até ao final do mandato, ainda não é certo se Trump consegue resistir tanto tempo, ou se durante os próximos dias ainda terá uma derradeira loucura.

*Editor Senior

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Meio de comunicação social generalista, com foco na relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China

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