Duas dezenas de municípios foram responsáveis por quase dois terços das despesas. Nem sempre as câmaras mais ricas fizeram o maior esforço. Tribunal alerta para impactos na sustentabilidade financeira.
Entre março e setembro do ano passado as autarquias – municípios e freguesias – gastaram 166,1 milhões de euros em despesas relacionadas com o combate à pandemia de covid-19.
Os cálculos são do Tribunal de Contas no relatório sobre o “Impacto das medidas adotadas no âmbito da covid-19 nas entidades da administração local do continente”, que analisa as despesas líquidas pagas até 30 de setembro do ano passado.
Os dados dizem respeito a 78% dos municípios (240) e a apenas 36% das freguesias (1126) o que condiciona a análise, sublinha o Tribunal de Contas (TdC), dando conta da falta de reporte à Direção-Geral da Administração Local.
A maior parte da despesa executada serviu para a aquisição de bens e serviços, com um montante de 79,3 milhões de euros. Neste lote inclui-se muito material médico como ventiladores, testes para a covid-19 e desinfetantes, mas também máscaras, viseiras e luvas. As autarquias também compraram computadores e outro material informático para permitir o teletrabalho ou o ensino à distância.
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