A China advertiu os Estados Unidos de que vão pagar “um preço alto” se a embaixadora norte-americana na ONU visitar Taiwan nos próximos dias, como anunciado pelo Departamento de Estado dos EUA.
“Os Estados Unidos pagarão um preço alto pela má ação” e “a China insta os Estados Unidos a pararem com a sua provocação louca, a deixarem de criar novas dificuldades para as relações sino-americanas e para a cooperação dos dois países no seio das Nações Unidas”, de acordo com uma declaração da missão chinesa junto da ONU, divulgada na quinta-feira.
A China “opõe-se firmemente” a esta visita de Kelly Craft e apelou aos Estados Unidos para “deixarem de ir mais além no caminho errado”, reiterando a posição de Pequim de que existe uma só China e Taiwan é apenas uma província.
A data precisa da viagem da Kelly Craft ainda não foi divulgada.
Antes, a agência de notícias oficial chinesa Xinhua já tinha criticado o plano para uma visita, nos próximos dias, a Taiwan da embaixadora dos EUA na ONU, indicando que se trata de uma violação da soberania chinesa.
No ano passado, apesar da oposição de Pequim, a administração cessante liderada por Donald Trump já tinha enviado representantes para Taiwan, num cenário de disputas entre os Estados Unidos e a China sobre comércio, segurança e direitos humanos.