A vida gloriosa e fracassada de Nikola Tesla

por Rute Coelho
Rui Pedro Tendinha

Está aí a chegar (dia 7) um filme sobre a vida gloriosa e fracassada de Nikola Tesla. De Michael Almereyda, Tesla traça um paralelismo distantes com Elon Musk e põe Ethan Hawke a cantar os Tears for Fears. Porque todos querem reinar o Mundo…

América gosta de pioneiros e em tempos de mediatização de Elon Musk um filme como Tesla é comida para uma reflexão contextual. A biografia do sérvio Nikola Tesla, inventor, pioneiro e futurista, nas mãos de Michael Almereyda, é tudo menos um objeto comum. Para já, convém recordar que este cineasta indie é o responsável por bizarrias dementes como Nadja (1994), Hamlet (versão moderna do clássico de Shakespeare que deixou meio mundo perplexo em 2000), bem como a sua visão anticonformista do polémico psicólogo Stanley Milgram em Experimenter – Stanley Milgram: O Psicólogo Que Abalou a América. E ainda menos comum por ser um festival de anacronismos, relatando os feitos de Tesla sem aceitar as regras do biopic: mostra-se o que não aconteceu e inventam-se fantasias: iPhones no século passado ou uma cena de karaoke com o inventor a cantar uma versão selvagem de Everybody Wants to Rule the World, dos Tears for Fears.

Um anti-biopic, portanto, em que as personagens podem ainda ir ao Google à procura de factos. Para Almereyda, o facto não é uma artimanha do guião, é antes uma possibilidade a que se pode dar sempre a volta. Se quisermos, este Tesla personificado por um misterioso Ethan Hawke é uma figura de todas as irrisões possíveis, uma criação da imaginação em diálogo com o peso histórico e a sua herança de hoje. A ideia é precisamente baralhar – andar para trás e para a frente e chegar ao presente.

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