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“Pandemia pode acelerar perda da população portuguesa”

Céu Neves

Portugal tem assistido a uma diminuição de habitantes e estima-se que em 2030 estaremos abaixo dos dez milhões de pessoas. Previa-se uma quebra lenta. Mas a pandemia alterou tudo e poderá fazer que a fasquia dos nove milhões chegue mais cedo.

MA queda contínua da população portuguesa tem sido uma constante e só a entrada de estrangeiros tem conseguido diminuir o desequilíbrio desta balança. Tem sido uma queda gradual, com uma ou outra surpresa como em 2019. No ano passado registámos um saldo positivo de 0,19 % de residentes no país, contrariando a tendência de diminuição dos dez anos anteriores, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). A previsão para 2020 é de uma diminuição efetiva e que se irá manter em 2021.

As razões do que aconteceu são fáceis de explicar: imigraram mais pessoas do que as que emigraram; houve menos nascimentos, mas também menos óbitos. Na realidade tudo o que não aconteceu neste ano com a pandemia. Prevê-se uma quebra da natalidade; assiste-se a um aumento da mortalidade e as fronteiras têm restrições. “Os óbitos aumentaram, não se prevê uma subida de nascimentos, o que significa que poderemos ter mais dois ou três anos de crescimento negativo. Tudo vai depender da rapidez com que se voltará a instalar a segurança a nível da saúde e a recuperação do ponto de vista económico. Mas a pandemia poderá acelerar a perda da população e podemos chegar a 2030 com 9,8 milhões de pessoas em vez dos 9,9 milhões previstos”, explica o demógrafo Jorge Malheiros.

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