Portugal paga dos salários mais baixos da UE nos cuidados a idosos

por Guilherme Rego
Maria Caetano

É um setor com horários irregulares, riscos elevados e salários baixos em toda a União Europeia. Mas é uma área que precisa de cada vez mais recursos humanos, alerta a Fundação Europeia para as Condições do Trabalho.

O setor dos cuidados continuados à terceira idade está em franco crescimento em toda a União Europeia, um continente fortemente envelhecido, e as necessidades são cada vez maiores. Mas é também mal pago, exigente e de risco, sujeito a abusos, e com um nível alto de informalidade. Em Portugal, os trabalhadores do serviço social e dos cuidados continuados são dos mais mal pagos a nível europeu, aponta um relatório recente da Fundação Europeia para as Condições do Trabalho (Eurofound).

Segundo o documento, que avalia a situação de emprego e condições de trabalho do pessoal dos cuidados continuados à terceira idade e pessoas com incapacidades, os trabalhadores do setor são em Portugal os quartos mais mal pagos de todo o bloco europeu, ficando apenas atrás de Roménia, Itália e Eslovénia. Levam para casa 67% do valor da média salarial nacional, nos dados que se reportam a 2014 para comparar os vários países.

Já olhando para valores mais recentes, o salário mínimo garantido pelas convenções coletivas no setor particular fica a uma larga distância também do salário médio. Nos dados analisados pela Eurofound, o salário de um ajudante de ação direta num lar começava com 8708,48 euros anuais, contra uma média salarial de 18 111 euros em 2019. Um ajudante numa instituição para pessoas com deficiência recebia 8568,47 euros anuais, e um enfermeiro ao serviço de uma instituição particular de solidariedade social recebia 13 580,75 euros anuais.

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