Animação acompanha a alma de um músico que quer voltar à Terra.
“No meio de uma apresentação com Miles Davis, eu toquei esse acorde, que saiu muito errado. Eu achei que tinha estragado tudo e reduzido aquela noite incrível a escombros. Miles respirou e tocou algumas notas, e fez o meu acorde parecer certo. […] Eu julguei o que havia tocado e o Miles, não. Ele fez o que qualquer músico de jazz deveria fazer —transformar qualquer coisa que aconteça em algo de valor.”
Foi a partir desse comentário de Herbie Hancock, sobre uma longínqua noite de música ao lado de uma das lendas do gênero, que os acordes de jazz impregnaram o roteiro de “Soul”, nova animação da Pixar, que chega ao Disney+ no dia de Natal.
O improviso e a personalidade do jazz serviram como a metáfora que o diretor Pete Docter procurava para ajudar a narrar a nova história que estava desenvolvendo para o estúdio. Em “Soul”, acompanhamos um recém-falecido que quer voltar à vida. No além, ele conhece uma alma que há séculos reluta em nascer.
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