Moratórias: Empresas e famílias têm 13 mil milhões em crédito adiado até setembro

por Gonçalo Lopes
Elisabete Tavares

São 13 mil milhões de euros em prestações do crédito que famílias e empresas não vão pagar aos bancos até ao fim de setembro de 2021. O governador do Banco de Portugal avisou ontem no parlamento que a medida vai ser reavaliada ao longo dos próximos meses.

Portugal regista um dos maiores níveis de moratórias da Europa e o supervisor bancário português está atento. Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, admitiu ontem que a medida vai ser reavaliada nos próximos meses. Segundo o ex-ministro das Finanças, “as moratórias atingem uma dimensão significativa, muito maior do que a média da zona euro e a média da União Europeia”. Na sua primeira audição como governador na Comissão de Orçamento e Finanças, Centeno destacou que as moratórias são “um instrumento que se deve manter ativo mas que deve ir evoluindo”.

No total, empresas e famílias têm em suspenso 13 mil milhões de euros de prestações de crédito até setembro de 2021, segundo dados do Relatório de Estabilidade Financeira do Banco de Portugal divulgado recentemente. O Banco de Portugal estima que, no caso das empresas, até ao fim do prazo das moratórias, as prestações devidas e não pagas possam ascender a cerca de 11 mil milhões de euros.

Segundo o mesmo relatório, os empréstimos em moratória ascenderam a 46 mil milhões de euros em setembro de 2020, o que compara com 43,2 mil milhões de euros em junho de 2020.

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