Equívoco quase penalizou condutor que salvou criança

por Filipa Rodrigues

Um homem de apelido Ai, condutor de um serviço de transporte privado online em Dongguan, Guangdong, foi chamado pela respetiva aplicação para mais um serviço. Logo no início do trajeto, a criança que acompanhava uma família sentiu-se mal e a viagem passou a ter como destino um hospital. “Pouco depois de começarmos o trajeto, a criança começou a vomitar e acabou por desmaiar, ficando inconsciente. A pedido dos pais segui com urgência para o hospital. No trajeto tive consciência de que cometi algumas infrações, mas nem pensei muito nisso”, relatou o motorista.

Estando em situação de emergência, Ai acabou por passar alguns sinais vermelhos, cometendo uma sucessão de infrações às regras de trânsito. Imediatamente após o episódio, entrou em contacto com a polícia de trânsito, onde foi informado de que teria de entregar documentos do hospital como prova do sucedido. Mas, ao utilizar os contactos da família que lhe foram disponibilizados pelo hospital ficou sem resposta. “A família recusava-se a atender o telefone ou a colaborar”, disse.

Todavia, acrescentou, tudo não passou de um mal-entendido.

Com a colaboração da polícia e através das informações recolhidas junto do hospital ficou a saber-se que no dia em que Ai cometeu as infrações de trânsito, aquela unidade de saúde tinha recebido uma outra criança, a qual também ali chegou através de um serviço privado de transporte. E, quando Ai solicitou os contactos de quem tinha transportado, foi-lhe passada erradamente a informação relativa à família da outra criança, a qual, por razões óbvias se “recusou a testemunhar”. 

Entretanto, e enquanto esta situação não se resolvia, Ai foi notificado pelo Departamento de Changping da Polícia de Dongguan de que, “ao não respeitar três sinais vermelhos, era penalizado com 18 pontos (seis por cada por cada sinal), multado em 600 RMB e, pior de tudo, a licença de condução anulada”. 

Segundo as autoridades, aquele era o resultado das infrações registadas pelas câmaras de vigilância públicas.

Mas, tudo acabou em bem. Depois de tudo esclarecido, a Polícia acabou por reconhecer que a ação de Ai ajudou a criança a chegar rapidamente ao hospital, isentando-o das penalizações aplicadas, ficando igualmente sem qualquer registo criminal. 

Apesar do incómodo que a situação lhe causou, Ai disse não estar arrependido e que voltaria a tomar a mesma decisão. 

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