“A crise da Covid-19 não deve ser transformada numa crise dos direitos da criança”

por Rute Coelho

O representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) exortou os governos a abrandar o impacto negativo da Covid-19 na vida das crianças. Em entrevista ao Jornal de Angola, por ocasião do Dia do UNICEF,assinalado a 11 de Dezembro, Iván Yerovi frisou que agência da ONU tem feito advocacia para que “os Estado não deixem que a crise da Covid-19 se transforme numa crise dos direitos da criança”

Para ele, a redução do impacto da Covid-19 na vida das crianças passa pelo investimento em políticas que assegurem o acesso à aprendizagem, aos serviços de nutrição e saúde, bem como a disponibilidade de vacinas.

Que avaliação faz da situação da criança angolana em tempos de Covid-19?

A Covid-19 tem sido um autêntico teste aos sistemas económicos, financeiros e sociais. No capítulo social, levou ao colapso de vários sistemas de saúde e  muitas crianças continuam a enfrentar desafios para ter acesso aos serviços básicos. Em países onde já havia inúmeras privações, a situação agravou-se ainda mais. No caso de Angola, verifica-se, sem sombra de dúvidas, um forte impacto na situação da criança, particularmente as mais pobres, que têm sido afectadas desproporcionalmente pela crise. As famílias pobres correm mais riscos, pois tendem a viver em locais com poucas condições de higiene, saneamento, habitabilidade, algumas vezes com dificuldade de estabelecer o distanciamento físico. Por outro lado, muitos chefes de família perderam o emprego, reduzindo assim a sua capacidade de prover o essencial para as famílias. Tal facto pode agudizar a situação de muitas crianças, que já se encontram em situação de pobreza. Além do agudizar da pobreza, a pandemia vem ainda provocar um aumento significativo de casos de violência contra a criança.

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