Chegaram os food trucks sem condutor e vendedor

por Filipa Rodrigues
Redação com People.cn

O pequeno carro sem condutor com o pequeno-almoço “móvel” da Pizza Hut – “Restaurant on Wheels” –avançou sozinho pelas ruas da cidade em Shenyang, na última semana de novembro, disponibilizando um pacote combinado que incluía, designadamente sanduíches e leite de soja, com um custo unitário de 10 yuans

Na mesma semana, a pouco mais de 1.700 quilómetros mais pra sul, em Xangai, foi a vez do pequeno-almoço “móvel” do KFC circular pela movimentada metrópole chinesa, a oferecer hambúrgueres embalados e outros set menus.

Os consumidores só precisam de fazer a leitura do código QR no ecrã instalado no pequeno veículo, selecionar a refeição e concluir o pagamento via telefone móvel e, em seguida, abrir a janela ao menu escolhido tem a refeição “na mão”. Todo o processo associado a este self-service móvel, sem condutor, pode ser concluído em menos de 15 segundos. Cada carro-self-service autónomo pode fornecer entre 200-400 refeições.

O inovador veículo de entrega, neste caso de refeições, utiliza a nova tecnologia 5G driverless. Não há condutor do veículo nem pessoal para realizar o serviço de vendas. Tudo é digitalizado e automatizado para entrega e retirada dos alimentos.

Alguns internautas perguntaram se estre serviço, no futuro terá alguma gestão urbana?

Não é a primeira vez que esse tipo de food trucks circula pelas ruas. No início de novembro, veículos semelhantes apareceram nas ruas de Xiamen. O princípio é o mesmo. Os clientes podem retirar as respetivas mercadorias após terem pago os itens no ecrã que disponibiliza a lista de produtos e onde se efetiva a compra.

No caso dos food trucks o foco ainda está nas questões relacionadas com aspetos da segurança alimentar, uma vez que a tecnologia estará já relativamente amadurecida. A preocupação dos internautas está mais virada para “a gestão urbana” deste tipo de veículos, defendendo que esse aspeto já deveria estar tratado.

No fundo está-se perante um veículo que funciona como uma loja de conveniência, móvel e sem funcionários, em que o cliente entra na loja com um código. As lojas de conveniência funcionam 24 horas por dia, o que pode reduzir bastante os custos de mão-de-obra. 

Por exemplo, em matéria de pequeno-almoço do tipo ocidental, os panini, os hambúrgueres e outros produtos são previamente confecionados, garantindo-se que a temperatura se mantém ao longo dos trajetos do food trucks. Assegurar a manutenção da temperatura até ao momento da venda não requer tecnologia muito sofisticada. Por outro lado, as limitações inerentes à dimensão e capacidade do próprio veículo podem ser uma das desvantagens. Os food trucks podem carregar categorias limitadas de alimentos, o que pode reduzir o interesse e o desejo de compra dos consumidores.

Os food trucks em causa, e que ainda se encontram em fase experimental, têm sido desenvolvidos pela empresa chinesa Neolix e são exatamente iguais aos veículos 5G usados nos hospitais da Tailândia para transportar medicamentos, evitando-se o contacto entre pessoas.

De acordo com a Forbes, a Neolix é uma ferramenta miniatura para vendas, entregas e patrulhamento. Durante a pandemia foi usado até para ações de desinfeção de ruas. 

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