O desafio da vacina

por Guilherme Rego
Johnson Chao*

O governo de Macau está a negociar a compra de 1,4 milhões de doses da vacina Covid-19 para todos os residentes de Macau. A previsão é de que cheguem neste mês e no primeiro semestre do próximo ano. A vacina está a chegar à cidade, será que estamos mais perto de voltar à vida normal? Como lidar com os desafios de entrega, armazenamento e administração das vacinas?

Em primeiro lugar está o envio. Alexandre de Juniac, presidente-executivo da International Air Transport Association (IATA), descreveu a entrega de vacinas como a maior e mais complexa operação logística da história. Estima-se que se houver 7 biliões de pessoas no planeta, cada pessoa precisará de duas doses da vacina. Se um Boeing 747 com capacidade de 110 toneladas pode transportar 8.000 doses da vacina cada vez, levará pelo menos dois anos para entregar 14 biliões de doses da vacina.

Além disso, as vacinas desenvolvidas pela Pfizer e Moderna têm uma taxa de proteção de 95%. Mas a vacina Pfizer deve ser armazenada a -70C. A vacina Moderna pode ser armazenada a -20C por 6 meses, na arca frigorífica doméstica até 30 dias e em temperatura ambiente por 12 horas. Essa exigência limita a entrega e distribuição dessas duas vacinas em todo o mundo.

O ideal é que, no ano que vem, todas as partes do mundo sejam vacinadas para podermos voltar à normalidade. Por agora, só podemos esperar que a vacina seja efetiva contra a Covid-19.

No próximo ano, a prevenção da pandemia continuará a ser o maior desafio, e a crise económica virá depois. Em Macau, a segunda ronda de medidas de assistência económica do governo, a segunda ronda de cartões de consumo termina no final de Dezembro. Há vozes na comunidade que apelam para o lançamento da terceira ronda de assistência económica. O governo disse que não fecha essa porta e que é abri-la em circunstâncias especiais. Esperamos que Macau seja melhor amanhã.

*Editor chinês do Plataforma

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