Bombas incendiárias lançadas contra clube da polícia de Hong Kong

por Guilherme Rego

Bombas incendiárias foram lançadas num clube recreativo da polícia de Hong Kong na madrugada desta terça-feira, um ataque raro a uma instalação policial desde que Pequim impôs a abrangente lei de segurança nacional.

A polícia disse ter recebido uma denúncia de três homens vestidos de preto a lançar cocktails molotov no estacionamento do Clube de Desporto e Recreação da Polícia em Mongkok, um distrito que viu muitos confrontos durante os protestos pela democracia no ano passado.

Imagens dos media locais mostraram que a frente de um camião foi queimada, mas não houve mais danos.

Um homem de 18 anos foi posteriormente preso perto do clube, disse a polícia, embora não tenha ficado claro se era um suspeito.

Em 2019, Hong Kong viveu a pior crise política desde a transferência de soberania do Reino Unido para a China em 1997, com manifestações quase diárias, e por vezes violentas, nas quais foram exigidas reformas democráticas e uma investigação sobre as ações da polícia, acusada de “violência”.

Nesse período, as esquadras de polícia de Hong Kong foram repetidamente visadas.

Milhares de detenções, e depois as restrições ordenadas para combater o surto do novo coronavírus, foram seguidas por protestos nas ruas. Mas nenhuma das exigências dos manifestantes foi satisfeita.

Em junho, Pequim avançou com a imposição da lei de segurança nacional na região semiautónoma chinesa. Os ataques contra a polícia são agora considerados terrorismo e puníveis com prisão perpétua.

A maioria dos presos sob a nova lei está sendo investigada ou processada por coisas que disseram, não por crimes violentos.

Pequim diz que a lei restaurou a estabilidade.

Críticos, incluindo muitas potências ocidentais, dizem que o país destruiu as liberdades e a autonomia que a China prometeu que Hong Kong poderia manter após a sua transferência do governo colonial britânico em 1997.

Pode também interessar

Contate-nos

Meio de comunicação social generalista, com foco na relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China

Plataforma Studio

Newsletter

Subscreva a Newsletter Plataforma para se manter a par de tudo!