“Um partido que não se confinou”. O XXI Congresso nacional do PCP inicia-se nesta manhã, em Loures, debaixo de fogo da direita pelo facto de os comunistas insistirem em realizá-lo, mesmo estando o país quase todo sujeito a recolher obrigatório.
Um congresso que não serve para eleger um chefe nem um grupo de iluminados.“
A frase é dita num vídeo que o PCP produziu e disponibilizou online para promover o XXI Congresso do partido, que se iniciará nesta sexta-feira pelas 10.30 no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures – estando o encerramento previsto para domingo, às 12h00.
Ela surge como mais uma indicação de que a reunião máxima dos comunistas não servirá para consagrar uma nova liderança para um partido cujo secretário-geral, com 73 anos, já ocupa o posto há 16 (a segunda liderança mais duradoura depois de Cunhal). Mas, na verdade, não há qualquer confirmação oficial de que isso não vá acontecer. Nem de que vai acontecer – tudo em aberto, portanto.
Há dias, numa entrevista à Lusa, Jerónimo de Sousa admitia, implicitamente, continuar como secretário-geral do PCP, afirmando ser ainda cedo para escrever as suas memórias: “Hoje não estaria em condições de escrever um livro de memórias. Continuo a pensar que o meu futuro, seja como secretário-geral seja como membro do Comité Central ou como militante, é ainda a olhar para frente. Continuo com mais projeto do que memória.”
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