Bastonário critica ausência de investimento na saúde digital no OE2021

por Filipe Sousa
Catarina Maldonado Vasconcelos

Em declarações à TSF, Miguel Guimarães acusa o Governo de deixar a Saúde de fora nos planos orçamentais para a transformação digital, e sustenta que o investimento em tecnologia e inovação não pode ser exclusivo dos privados.

Miguel Guimarães critica a falta de investimento na saúde digital patente no Orçamento do Estado para 2021. Na perspetiva do bastonário da Ordem dos Médicos, essa revolução permitiria fazer face ao resto de cuidados para pacientes não Covid com mais eficácia.

No documento orçamental, 290 milhões de euros são destinados ao reforço de infraestruturas e equipamento na saúde, sem menção para a digitalização dos hospitais. “Vejo, com muita pena minha, que no Orçamento do Estado para 2021, em termos daquilo que é o investimento em novas tecnologias, o investimento na saúde digital… Eu não vejo lá nada de substantivo. Eu não vejo lá nada a dizer que nós vamos transformar os nossos consultórios nos hospitais e nos cuidados de saúde primários em verdadeiros consultórios com inovações tecnológicas importantes para podermos utilizar os meios digitais de forma mais rápida, mais adequada e mais eficaz.”

“Eu olho para o OE2021 – e ninguém ainda falou nisto, porque as pessoas falam é em contratar mais médicos [no OE para 2021, 100 milhões de euros são destinados à contratação de mais 4200 profissionais de saúde] e em camas para cuidados intensivos -, mas ninguém pensa na verdadeira transformação. A preocupação dos nossos políticos neste momento não é verdadeira transformação digital, mas tapar o sol com a peneira.” Miguel Guimarães acredita que é preciso pensar mais além, e acredita que o Ministério da Saúde não está a investir em mudanças que potenciem a recuperação dos cuidados de saúde. Falta “linha condutora que signifique ir mais longe”, comenta, em declarações à TSF.

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