O Governo chinês disponibilizou 120 toneladas de arroz para as populações deslocadas devido à violência armada na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
“Acolhemos este apoio com sentido de responsabilidade e satisfação porque, juntamente com a assistência dos outros parceiros internacionais de cooperação, vai contribuir significativamente para a mitigação do peso do sofrimento das populações das regiões afetadas pelo terrorismo”, declarou Verónica Macamo, durante a cerimónia simbólica para entrega do donativo em Maputo.
O apoio, que será encaminhado às regiões que albergam o maior número de deslocados, está orçado em quase 90 mil euros, segundo a chefe da diplomacia moçambicana.
“Queremos aproveitar esta ocasião para reiterar o nosso reconhecimento a China como um dos parceiros internacionais mais importantes do nosso país e de longa data”, acrescentou Verónica Macamo.
A província onde avança o maior investimento privado de África, para exploração de gás natural, está desde há três anos sob ataques de insurgentes e algumas das incursões passaram a ser reivindicadas pelo grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico desde 2019.
A violência armada em Cabo Delgado está a provocar uma crise humanitária com cerca de duas mil mortes e 500 mil pessoas deslocadas, sem habitação, nem alimentos, concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.