Governo angolano reconhece excessos da polícia

por Gonçalo Lopes

O ministro do Interior reconheceu, ontem, ter havido “algumas falhas” e excessos dos efectivos da Polícia Nacional, numa altura em que ainda fazem eco comentários sobre a intervenção de efectivos da corporação nas últimas manifestações.

Eugénio Laborinho, que discursava no encerramento do Conselho Consultivo Alargado do Ministério do Interior, pediu desculpas pelas eventuais irregularidades ou excessos da Polícia, prometendo que os mesmos serão corrigidos. Disse ser fundamental que os cidadãos não olhem para os órgãos de Polícia como inimigo. “Devem compreender a essência deste trabalho porque a realização da justiça pressupõe defender quem tem razão, estando sempre do lado da Lei, responsabilizando quem a viole”, exortou.

O governante aconselhou a sociedade a que, no exercício de direitos, como a liberdade de expressão, livre circulação, manifestação e outros, tenha em atenção o plasmado na Constituição e na Lei. Sublinhou que “nenhum direito é absoluto”, pelo que, sempre que alguém quiser exercer alguma acção contemplada na lei, como sendo um direito fundamental, “é necessário estabelecer-se o grau de empatia e fazer o exercício de colocar-se no lugar daqueles que vão ressentir o efeito da sua acção”.

“Apesar de termos o direito de nos manifestar, isso não nos legitima impedir que os outros circulem, ou danificar os bens públicos ou privados”, afirmou.O ministro afirmou que os órgãos de Polícia existem para garantir a ordem e a legalidade democrática, independentemente da filiação partidária, religião, raça ou nacionalidade. Neste âmbito, considerou o cidadão “peça fundamental do processo, por via do método de diálogo permanente, interacção entre a sociedade e os órgãos, sem colocar de parte as políticas gizadas para sedimentar a estratégia do policiamento de proximidade”.

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