Série da HBO dá pouca ênfase, porém, ao tamanho do fracasso do grupo terrorista basco
Você entra para comer num lugar qualquer de uma cidade qualquer do mundo ocidental, aleatoriamente. Onde estaria a maior probabilidade de encontrar bons pratos? No País Basco, opina o mais famoso chef vivo, Ferran Adrià. Não é neste texto que alguém irá discordar.
Uma região festeira e endinheirada que nada tem a ver com o mesmo País Basco mostrado na série “Pátria”, da HBO. Lá se vê um lugar aterrorizado pelo ETA, grupo separatista que só conseguiu separar familiares e amigos. O ódio e a tristeza são o foco dos oitos capítulos.
Criado em 1959 como uma entidade de promoção cultural, o Euskadi Ta Askatasuna (Pátria Basca e Liberdade, na misteriosa língua local) se converteu em um núcleo terrorista que dizia buscar a independência da região, hoje com pouco mais de 2 milhões de habitantes.
População que, vale dizer, estava muito longe de dar apoio maciço à aventura do grupo e se viu obrigada a a conviver com uma das maiores concentrações policiais da Europa. Pois, como define um dos personagens da série, “ninguém entra no ETA para ser jardineiro”.
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