O líder checheno, Ramzán Kadirov, não quer as fantasias do Homem de Ferro, Thor ou Capitão América, para as crianças desta pequena república russa com 1,3 milhões de habitantes. E começou por um parque infantil onde as figuras da Marvel vão ser substituídas por “heróis reais”
“Na História da nossa nação e religião temos muitos heróis reais que podem e devem servir de exemplo”, justificou Ramzán Kadirov. Em declarações ao jornal espanhol El País, Ekaterina Neroznikova, perita na política da região do Cáucaso, explicou que “as autoridades procuram fazer-se respeitar através do confronto”. Sobre Kadirov, adiantou que ” o líder checheno luta contra muitos mas agora o Ocidente é o seu principal inimigo e tudo o que seja ocidental é automaticamente considerado hostil, porque o Ocidente é para Kadirov um dragão com uma bandeira LGBT, precisa ser derrotado”.
Kadirov, que figura na lista dos líderes sancionados pela União Europeia por constantes violações dos direitos humanos, acumula denúncias da comunidade internacional por torturas, execuções extrajudiciais, casamentos forçados de mulheres jovens com altos funcionários e a brutal repressão de pessoas LGBT.
Perante denúncias de purgas e homicídios na comunidade homossexual chechena, a administração de Ramzán Kadirov responde que tal é impossível porque “na Chechénia não existem gays”.
Durante a última década, Kadirov, de 43 anos, outrora um rebelde e hoje acomodado ao poder com o apoio do Presidente russo, Vladimir Putin, reafirmou o seu controlo autoritário sobre a região, conclui o artigo do El País.