Alívio da tensão entre o governo Biden e a China vai afetar o agronegócio no Brasil

por Rute Coelho
Diego Garcia e Nicola Pamplona

Soja, carne e açúcar brasileiros beneficiaram de restrições da administração Trump à China

Beneficiado pela guerra comercial entre Estados Unidos e China, o agronegócio brasileiro deve sofrer impactos de curto prazo com uma esperada distensão do conflito pelo governo democrata eleito. A expectativa é que, com uma visão mais multilateralista, o democrata Joe Biden tende a retomar o comércio com o país asiático.

Segundo analistas, produtores de soja, carne e açúcar devem ser os mais afetados, porque vinham substituindo exportadores americanos no fornecimento ao mercado chinês. As vendas dos três produtos para o país asiático registraram forte expansão em 2020, com impacto sobre os preços no mercado interno.

“A única coisa que preocupa [num governo Biden] é uma eventual retomada de negociações entre EUA e China. A briga abriu espaço enorme das exportações brasileiras, e uma retomada sem preparações pode criar um problema”, diz o coordenador da FGV Agro, Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura.

Até outubro, o Brasil exportou para a China US$ 58,4 bilhões (R$ 318 bilhões), alta de 11% ante o mesmo período de 2019.

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