Paula Teixeira da Cruz, militante do PSD, critica a direção de Rui Rio por não ver maneira de o partido de André Ventura mudar de essência e é por isso que considera inacreditável e inadmissível a posição de Rio, seja no caso do PSD nos Açores com o apoio do Chega, seja no facto de o presidente social-democrata ter reafirmado, ainda na segunda-feira, a possibilidade de um acordo a nível nacional se o Chega ficar mais moderado.
“O Chega não mudará de pele como as cobras mudam durante o ano, poderá até dizer que vai mudar numa ou outra questão, mas não vai mudar a sua existência nem a sua natureza, tal como o Bloco de Esquerda. Não gosto de lógicas que comprimam as liberdades dos cidadãos, não vale tudo para governar. Não é possível, de maneira nenhuma, aceitar uma aproximação do PSD ao Chega”, explicou à TSF Paula Teixeira da Cruz.
A antiga ministra da Justiça lembrou que André Ventura saiu do PSD porque o partido tem outros valores, longe do radicalismo e do extremismo.
“Para mim isto é uma questão tática e, como todas as questões táticas, é muito frágil. Não me parece que os militantes do PSD gostem desta aproximação, é uma posição inacreditável e, ao mesmo tempo, inadmissível face aos seus militantes. Por alguma razão André Ventura saiu do partido social-democrata”, afirmou a militante do PSD.
É também sem equívocos que Paula Teixeira da Cruz assume mais uma acusação a Rui Rio e à atual direção.
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