“Se a arquitetura é uma ciência social aplicada, o maior laboratório do Hemisfério Sul é o Vale do Anhangabaú”, afirma o arquiteto e urbanista Péricles Varella Gomes, idealizador do livro Vales Imaginários – Anhangabaú. A obra é baseada na dissertação de mestrado do arquiteto Carlos E. Mueller (coautor do livro, assim como a arquiteta Luíza Chiarelli de Almeida Barbosa).
Aos 60 anos, Varella mergulha no “laboratório social” do Anhangabaú – o espaço urbano que, segundo o autor, é aquele que mais se transformou simbólica e espacialmente ao longo dos anos. Em suas páginas, acompanhamos um Vale do Anhangabaú que nasceu como um “pântano insalubre e território de rãs coaxantes” e desenvolveu-se ao sabor dos movimentos sociais, políticos, culturais e econômicos. Ou seja, um vale que já teve várias encarnações, que já foi uma mera passagem de veículos, um projeto de parque e convivência urbana e até local de grandes manifestações populares.
A paixão de Péricles pelo Vale do Anhangabaú pode ter começado ainda criança, nos passeios a pé pelo Vale e pelo Viaduto do Chá. Mas o ponto de inflexão foi sua participação no concurso público, realizado em 1981, para a reurbanização do mesmo.
Leia mais em IstoÉ.