Quem o defende são académicos que consideram que Donald Trump pode tentar sabotar as relações sino-americanas
Com a batalha pela presidência dos EUA provavelmente ainda a durar algum tempo, independentemente do resultado oficial, académicos ouvidos pelo jornal South China Morning Post dizem que pode haver um aumento nas tensões entre os EUA e a China em questões como Taiwan e o Mar do Sul da China antes da tomada de posse em Janeiro.
Wu Xinbo, diretor do Centro de Estudos Americanos da Universidade Fudan em Xangai, afirmou que o governo liderado por Donald Trump deverá continuará a enfrentar a China em questões políticas, diplomáticas e económicas.
E isso, defende, pode incluir rotular a perseguição da minoria uigur muçulmana em Xinjiang como “genocídio”, bem como impor mais sanções às empresas chinesas ou fornecer mais apoio a Taiwan. “Trump culpou a China pela propagação da pandemia e pode pensar que isso lhe custou a eleição”, afirma Wu.
Nos meses que antecederam a eleição, vários especialistas chineses expressaram preocupação com o fato de que as táticas de Trump contra a China anunciavam um período perigoso na relação entre os dois países e que as tensões poderiam atingir o pico se o presidente em exercício perdesse a Casa Branca.
Liu Yawei, diretor de programa Carter Center China, disse em agosto que as relações entre a China e os EUA poderiam entrar no seu “período mais instável” entre o dia 3 de novembro e 20 de janeiro, e pediu a ambos os lados que mostrassem contenção, precisamente, no Mar do Sul da China e em Taiwan.