Durante o ano passado, emissões de gases do efeito estufa subiram 9,6%, principalmente devido ao desmatamento na Amazónia. De acordo com um relatório apresentado ontem, o Brasil – quinto maior poluidor do mundo – afasta-se de meta do Acordo de Paris
As emissões de gases do efeito estufa voltaram a crescer no Brasil. Em 2019, o país despejou 2,17 mil milhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera. Em 2018, esse número já tinha sido elevado, na ordem, dos 1,98 mil milhões, o que representa um aumento de 9,6%.
A informação foi divulgada nesta sexta-feira pelo Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), na sua oitava edição. O órgão reúne cientistas de cinco organizações brasileiras responsáveis pelas análises técnicas e fazem parte do Observatório do Clima.
O maior responsável pelo aumento em 2019 foi o desmatamento, essencialmente na floresta amazónica. O fenómeno está dentro da categoria “mudanças de uso da terra”, que respondeu por 44% do total das emissões. A agropecuária (28%), a energia (19%), os processos industriais (5%) e os resíduos (4%) são as atividades que aparecem, igualmente, na lista de poluentes.