A Polícia da República de Moçambique, em Manica, deteve um militar e outro ex-militar suspeitos de integrarem um grupo que raptou um comerciante bengali e assaltou um estabelecimento, disse hoje à Lusa fonte da corporação
Uma arma de fogo do tipo AK-47, com 27 munições, que supostamente pertence ao arsenal das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), foi apreendida nas mãos do grupo, disse à Lusa Mário Arnaça, porta-voz da polícia moçambicana em Manica.
Segundo as autoridades, o militar, do quinto Batalhão Independente de Infantaria de Chimoio, e outro suspeito, já desvinculado das FADM, foram detidos na quinta-feira, na companhia de um funcionário da agricultura, após assaltar um comerciante local no distrito de Vanduzi, Manica, centro de Moçambique.
“A polícia foi ativada após o assalto ao estabelecimento. No terreno neutralizou três malfeitores e dois puseram-se em fuga”, disse Mário Arnaça, realçando que “um é um militar em ativo nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique e outro é um desmobilizado de guerra”.
A PRM, disse o porta-voz, continua a trabalhar para identificar e deter os restantes integrantes do grupo, sobre quem recaem “fortes indícios” do envolvimento no crime de rapto de um cidadão de nacionalidade bengali, ocorrido na terça-feira, na cidade de Chimoio, a capital de Manica.
Ainda não é conhecido o paradeiro do cidadão raptado em frente ao seu estabelecimento, no Bairro 25 de Junho, subúrbio de Chimoio, esclareceu Mário Arnaça.
“A investigação preliminar indica que a arma pode pertencer às Forças Armadas de Defesa de Moçambique”, acrescentou.
Segundo a polícia, o militar no ativo cumpria folgas depois de ter regressado, em agosto, do teatro de operações em Cabo Delgado, palco, há três anos, de ataques armados desencadeados por forças classificadas como terroristas.