Missão de observadores avisa Trump e pede fim de “especulações nocivas ou infundadas”

por Filipe Sousa

A missão de observação da Organização dos Estados Americanos (OEA) apelou a que se permita o “desenrolar do que resta do processo eleitoral” nos Estados Unidos e que não se emitam “especulações nocivas ou infundadas”.

Numa aparente alusão ao presidente norte-americano, Donald Trump, a OEA apelou para que não se emitam especulações sobre supostas fraudes eleitorais, noticia a agência EFE.

No seu relatório preliminar, a missão de observação assegurou ainda que não “observou diretamente nenhum tipo de irregularidade que pudesse colocar em dúvida os resultados até ao momento”.

“A missão da OEA exorta todos os partidos políticos, candidatos e cidadãos a permitir que esta democracia prevaleça e que o resto do processo eleitoral ocorra no âmbito da lei”, destaca o relatório de 20 páginas, divulgado hoje.

Esta missão de observação, liderada pelo secretário-geral da OEA, Luís Almagro, manifestou o seu apoio ao “direito de todos os partidos, numa eleição, de pedirem retificações às autoridades judiciárias competentes quando considerem que foram injustamente lesados”.

“No entanto, é crucial que os candidatos hajam com responsabilidade, apresentando e defendendo reivindicações legítimas no tribunal, e não especulações prejudiciais ou infundadas na comunicação social”, acrescentou.

Esta frase parece fazer uma alusão ao candidato republicano, que tem denunciado, sem fornecer qualquer tipo de prova, uma fraude para ‘roubar’ as eleições.

Donald Trump fez um discurso na quinta-feira, na Casa Branca, onde questionou a legitimidade de todo o sistema de votação por correio, sem apresentar evidências.

“Ele [Trump] acusou os funcionários eleitorais de fraude eleitoral e reiterou que a sua campanha apresentará queixas no tribunal. Os observadores da OEA posicionados nos Estados de transição de Michigan e Geórgia não testemunharam nenhuma das irregularidades mencionadas”, sublinha o relatório.

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