Cerca de cinquenta jihadistas com ligação à Al-Qaeda morreram na sexta-feira durante uma operação realizada no Mali pelo exército francês perto do Burkina Faso, anunciou ontem a ministra da Defesa de França, Florence Parly.
“Em 30 de outubro, no Mali, a força [militar francesa] Barkhane realizou uma operação que permitiu neutralizar mais de 50 jihadistas, confiscando ainda armas e equipamentos”, destacou a ministra da Defesa francesa após um encontro com o Governo de transição do Mali.
A governante falava durante uma viagem ao Niger e ao Mali, noticia a agência AFP.
“Esta ação oportuna disfere um golpe significativo a um grupo terrorista filiado à Al-Qaeda, do Ansarul Islam, que opera na região de Boulikessi, perto da fronteira com Burkina Faso”, acrescentou.
Fundado por Burkinabè Malam Dicko, o grupo islâmico Ansarul Islam tem vindo a reivindicar a responsabilidade por vários ataques contra o exército Barkhane.
Os Estados Unidos colocaram este grupo na sua lista negra de ‘terroristas’ no início de 2018.
“Embora as autoridades de transição do Mali tenham reafirmado o seu compromisso na luta contra o terrorismo, esta operação de sucesso mostra-nos mais uma vez que os grupos terroristas não podem agir impunemente diante o nosso exército”, apontou Florence Parly.
A ministra da Defesa acrescentou que o exército francês foi capaz de localizar, através dos seus ‘drones’, uma grande coluna de jihadistas em motos.
“Essas motas agruparam-se e esconderam-se entre árvores. Tínhamos dois Mirages [avião militar] naquela área, e Barkhane começou imediatamente uma operação, lançando um ataque”, revelou.
Cerca de cinquenta armas foram apreendidas e cerca de 30 motas destruídas. A operação decorreu “com a participação de forças especiais da ‘Operação Sabre’”, destacou uma fonte militar à AFP.