O defensor do ex-ministro da Defesa arguido no processo de Tancos disse nesta segunda-feira que a acusação não aponta qualquer facto contra Azeredo Lopes, acusando-a de ser “fantasiosa e um mau exemplo”
“Praticamente não há factos na acusação que sejam imputados ao ex-ministro da Defesa. Toda a acusação, tal como a pronuncia são um mau exemplo”, afirmou o advogado Germano Marques nas disposições introdutórias no início do julgamento do processo no Tribunal de Santarém.
Para o defensor de Azeredo Lopes, que vem pronunciado por denegação de justiça e prevaricação, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder e denegação de justiça, “faltam factos que envolvam Azeredo Lopes” e a “acusação construiu uma história imaginando a conduta do ex-ministro”.
O advogado insistiu que o processo de Tancos tem, em relação a Azeredo Lopes, motivações e vantagens políticas que contestou.
Nas mesmas disposições introdutórias, o defensor do major Vasco Brazão, da Polícia Judiciária Miliar (PJM), admitiu que o arguido errou ao ocultar informações da investigação à PJ (civil) e que está “em tribunal para assumir o seu erro”, mas negou ter feito um acordo com o arguido João Paulino para ter conhecimento do local onde foram depositadas as armas.
Ricardo Sá Fernandes afirmou que não acredita que João Paulino, o alegado mentor do furto do armamento nos paióis nacionais, “tenha feito um acordo com as autoridades policiais”, e que foi enganado, como disse o seu advogado.
Leia mais em Diário de Notícias