Milhares de polacos voltam às ruas pelo direito ao aborto

por Filipe Sousa

Manifestantes de toda a Polónia desafiaram de novo, esta sexta-feira, em Varsóvia, as restrições à pandemia para protestar contra uma decisão do tribunal que proíbe praticamente todos os abortos.

“Estamos prontos para lutar até o fim”, disse Marta Lempart, cofundadora do movimento Greve das Mulheres, que lançou a convocação para a manifestação, que obrigou um elevado número de agentes de segurança a percorrer as ruas da capital polaca, depois de confrontos entre os manifestantes e ativistas de extrema-direita, nos últimos dias.

Mais de 400 mil pessoas já tinham participado nos protestos pacíficos na Polónia, na quarta-feira, e os organizadores do protesto de hoje expressaram esperança de que muitas pessoas viajassem para Varsóvia.

As organizações de direitos das mulheres por trás das manifestações enfrentam ações legais, já que qualquer agrupamento de mais de cinco pessoas nas vias públicas é atualmente proibido, por causa da pandemia de covid-19.

Ações de protesto menores estão planeadas em dezenas de outras cidades polacas, incluindo Cracóvia e Wroclaw, bem como no estrangeiro, como Barcelona e Viena.

Os protestos em massa começaram na semana passada quando o Tribunal Constitucional, reformado pelo partido ultra católico Lei e Justiça, no poder, e cumprindo os seus desejos, proibiu a interrupção voluntária da gravidez em casos de grave malformação do feto, alegando que tal é “incompatível” com a Constituição.

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