Cidadãos de Cabinda duvidam da existência de casos positivos da covid-19 na região, onde 250 pessoas já foram infectadas e uma morreu vítima da pandemia.
À reportagem do Jornal de Angola, os cidadãos justificam a sua posição com o facto de os casos positivos não serem apresentados publicamente, no sentido de despertar a sociedade sobre os perigos da doença.
Por isso, em determinados bairros, mercados, escolas, instituições bancárias e bares é visível o ajuntamento de pessoas sem máscaras e, muito menos, preocupadas com a lavagem das mãos com água e sabão e a higienização com álcool em gel.
Os casos mais evidentes de incumprimento das medidas de biossegurança são visíveis nos dois principais mercados da cidade de Cabinda, nomeadamente, São Pedro e Cabassango, onde facilmente se observa a falta de distanciamento físico, inexistência de recipientes adaptados com torneiras com água para a higienização das mãos, vendedores sem máscaras ou usando de forma incorrecta.
Na Praia dos Pescadores, na Baixa de Cabinda, é um autêntico “Deus nos acuda”. O local serve de principal centro de venda de peixe e atracagem de embarcações provenientes da vila petrolífera do Soyo, com mercadorias diversas, pessoas e pescado, tornando-o no epicentro de contágio da Covid-19.
Alunos do ensino secundário e estudantes universitários apenas fazem o uso da máscara no recinto escolar. Quando estão na via pública a retiram sob pretexto de que dificulta a respiração.
Para Maria Sambo, 18 anos, o novo coronavírus não existe e considera duvidosos os números de casos na província de Cabinda. Segundo ela, a Secretaria Provincial da Saúde devia expor publicamente as pessoas infectadas pela Covid-19.
“O novo coronavírus não existe, porque não há provas. As pessoas não estão a ver ou a constatar os doentes infectados com o vírus. Penso que o Ministério da Saúde deve mostrar os doentes infectados, só assim a população estará convicta que o novo coronavírus realmente existe”, defendeu.
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