O ministro do Interior de Moçambique admitiu que “não é de descurar algum interesse geoestratégico” dos hidrocarbonetos como um dos fatores do conflito no norte do país, em Cabo Delgado.
O ministro refere que os recursos naturais têm atraído grupos internacionais, incluindo associações criminosas.
Amade Miquidade falou ontem no parlamento, em resposta a perguntas dos deputados da Assembleia da República (AR) sobre a estratégia do Governo no combate aos grupos armados que protagonizam ataques há três anos na região.
De acordo com Amade, a expansão do terrorismo em Moçambique está aliada a várias fragilidades que o país apresenta, como a caça furtiva, proteção frágil de fronteiras, oportunismo crimonoso de alguns moçambicanos e, por fim, das estratégias e ofensivas multinacionais.
“O terrorismo tem uma relação com os recursos e os recursos com o terrorismo e é com este mal que lidamos”, enfatizou.
Amade Miquidade assinalou que o conflito armado no norte de Moçambique é alimentado e motivado por uma dimensão criminosa bastante profunda e com ligações internacionais.